segunda-feira, agosto 8

A Casa - Olavo Bilac


                                                                              
O filho implume, no calor do   ninho!...
Vê como as aves tem, debaixo d'asa,
Deves amar, criança, a tua casa!
Ama o calor do maternal carinho!
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Dentro da casa em que nasceste és tudo...
Como tudo é feliz, no fim do dia,
Quando voltas das aulas e do estudo!
Volta, quando tu voltas, a alegria!
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Aqui deves entrar como num templo,
Com a alma pura, e o coração sem susto:
Aqui recebes da Virtude o exemplo,
Aqui aprendes a ser meigo e justo.
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Ama esta casa! Pede a Deus que a guarde,
Pede a Deus que a proteja eternamente!
Porque talvez, em lágrimas, mais tarde,
Te vejas, triste, desta casa ausente...
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E, já homem, já velho e fatigado,
Te lembras da casa que perdeste,
E hás de chorar, lembrando o teu passado...
- Ama, criança, a casa em que nasceste!


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Poesia infantil de Olavo Bilac
Obra ilustrativa: Rio Canoas - de Romeo Zanchett

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