Vê como as aves tem, debaixo d'asa, Deves amar, criança, a tua casa! Ama o calor do maternal carinho! . Dentro da casa em que nasceste és tudo... Como tudo é feliz, no fim do dia, Quando voltas das aulas e do estudo! Volta, quando tu voltas, a alegria! . Aqui deves entrar como num templo, Com a alma pura, e o coração sem susto: Aqui recebes da Virtude o exemplo, Aqui aprendes a ser meigo e justo. . Ama esta casa! Pede a Deus que a guarde, Pede a Deus que a proteja eternamente! Porque talvez, em lágrimas, mais tarde, Te vejas, triste, desta casa ausente... . E, já homem, já velho e fatigado, Te lembras da casa que perdeste, E hás de chorar, lembrando o teu passado... - Ama, criança, a casa em que nasceste!
. Poesia infantil de Olavo Bilac Obra ilustrativa: Rio Canoas - de Romeo Zanchett