sexta-feira, janeiro 29

E toda vez que mãos humanas misturam sonho, criatividade, amor, coragem e justiça elas conseguem realizar a tarefa divina de construir um novo mundo e uma nova humanidade.

Leia na íntegra discurso de Lula.  O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, leu o discurso de Lula na cerimônia de entrega do prêmio "Estadista Global".

Uma analise profunda sobre a vida, a politica e a humanidade e com elementos ideologicos e socialistas. Grande homem, grande lider. Que nós dirigentes possamos em nossas vidas agregar os elementos aqui apresentados.


Leia abaixo a íntegra do discurso.

"Minhas senhoras e meus senhores,

Em primeiro lugar, agradeço o prêmio "Estadista Global" que vocês estão me concedendo.

Nos últimos meses, tenho recebido alguns dos prêmios e títulos mais importantes da minha vida.

Com toda sinceridade, sei que não é exatamente a mim que estão premiando - mas ao Brasil e ao esforço do povo brasileiro. Isso me deixa ainda mais feliz e honrado.

Recebo este prêmio, portanto, em nome do Brasil e do povo do meu país. Este prêmio nos alegra, mas, especialmente, nos alerta para a grande responsabilidade que temos.

Ele aumenta minha responsabilidade como governante, e a responsabilidade do meu país como ator cada vez mais ativo e presente no cenário mundial.
Tenho visto, em várias publicações internacionais, que o Brasil está na moda. Permitam-me dizer que se trata de um termo simpático, porém inapropriado.

O modismo é coisa fugaz, passageira. E o Brasil quer e será ator permanente no cenário do novo mundo.

O Brasil, porém, não quer ser um destaque novo em um mundo velho. A voz brasileira quer proclamar, em alto e bom som, que é possível construir um mundo novo.

O Brasil quer ajudar a construir este novo mundo, que todos nós sabemos, não apenas é possível, mas dramaticamente necessário, como ficou claro, na recente crise financeira internacional – mesmo para os que não gostam de mudanças.

Meus senhores e minhas senhoras,

O olhar do mundo hoje, para o Brasil, é muito diferente daquele, de sete anos atrás, quando estive pela primeira vez em Davos.

Naquela época, sentíamos que o mundo nos olhava mais com dúvida do que esperança. O mundo temia pelo futuro do Brasil, porque não sabia o rumo exato que nosso país tomaria sob a liderança de um operário, sem diploma universitário, nascido politicamente no seio da esquerda sindical.

Meu olhar para o mundo, na época, era o contrário do que o mundo tinha para o Brasil. Eu acreditava, que assim como o Brasil estava mudando, o mundo também pudesse mudar.

No meu discurso de 2003, eu disse, aqui em Davos, que o Brasil iria trabalhar para reduzir as disparidades econômicas e sociais, aprofundar a democracia política, garantir as liberdades públicas e promover, ativamente, os direitos humanos.

Iria, ao mesmo tempo, lutar para acabar sua dependência das instituições internacionais de crédito e buscar uma inserção mais ativa e soberana na comunidade das nações.

Frisei, entre outras coisas, a necessidade de construção de uma nova ordem econômica internacional, mais justa e democrática.

E comentei que a construção desta nova ordem não seria apenas um ato de generosidade, mas, principalmente, uma atitude de inteligência política.

Ponderei ainda que a paz não era só um objetivo moral, mas um imperativo de racionalidade. E que não bastava apenas proclamar os valores do humanismo. Era necessário fazer com que eles prevalecessem, verdadeiramente, nas relações entre os países e os povos.

Sete anos depois, eu posso olhar nos olhos de cada um de vocês – e, mais que isso, nos olhos do meu povo – e dizer que o Brasil, mesmo com todas as dificuldades, fez a sua parte. Fez o que prometeu.

Neste período, 31 milhões de brasileiros entraram na classe média e 20 milhões saíram do estágio de pobreza absoluta. Pagamos toda nossa dívida externa e hoje, em lugar de sermos devedores, somos credores do FMI.

Nossas reservas internacionais pularam de 38 bilhões para cerca de 240 bilhões de dólares. Temos fronteiras com 10 países e não nos envolvemos em um só conflito com nossos vizinhos. Diminuímos, consideravelmente, as agressões ao meio ambiente. Temos e estamos consolidando uma das matrizes energéticas mais limpas do mundo, e estamos caminhando para nos tornar a quinta economia mundial.

Posso dizer, com humildade e realismo, que ainda precisamos avançar muito. Mas ninguém pode negar que o Brasil melhorou.

O fato é que Brasil não apenas venceu o desafio de crescer economicamente e incluir socialmente, como provou, aos céticos, que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza.

Historicamente, quase todos governantes brasileiros governaram apenas para um terço da população. Para eles, o resto era peso, estorvo, carga.

Falavam em arrumar a casa. Mas como é possível arrumar um país deixando dois terços de sua população fora dos benefícios do progresso e da civilização?

Alguma casa fica de pé, se o pai e a mãe relegam ao abandono os filhos mais fracos, e concentram toda atenção nos filhos mais fortes e mais bem aquinhoados pela sorte?

É claro que não. Uma casa assim será uma casa frágil, dividida pelo ressentimento e pela insegurança, onde os irmãos se vêem como inimigos e não como membros da mesma família.

Nós concluímos o contrário: que só havia sentido em governar, se fosse governar para todos. E mostramos que aquilo que, tradicionalmente, era considerado estorvo, era, na verdade, força, reserva, energia para crescer.

Incorporar os mais fracos e os mais necessitados à economia e às políticas públicas não era apenas algo moralmente correto. Era, também, politicamente indispensável e economicamente acertado. Porque só arrumam a casa, o pai e a mãe que olham para todos, não deixam que os mais fortes esbulhem os mais fracos, nem aceitam que os mais fracos conformem-se com a submissão e com a injustiça. Uma casa só é forte quando é de todos – e nela todos encontram abrigo, oportunidades e esperanças.

Por isso, apostamos na ampliação do mercado interno e no aproveitamento de todas as nossas potencialidades. Hoje, há mais Brasil para mais brasileiros. Com isso, fortalecemos a economia, ampliamos a qualidade de vida do nosso povo, reforçamos a democracia, aumentamos nossa auto-estima e amplificamos nossa voz no mundo.

Minhas senhoras e meus senhores,

O que aconteceu com o mundo nos últimos sete anos? Podemos dizer que o mundo, igual ao Brasil, também melhorou?

Não faço esta pergunta com soberba. Nem para provocar comparações vantajosas em favor do Brasil.

Faço esta pergunta com humildade, como cidadão do mundo, que tem sua parcela de responsabilidade no que sucedeu – e no que possa vir a suceder com a humanidade e com o nosso planeta.

Pergunto: podemos dizer que, nos últimos sete anos, o mundo caminhou no rumo da diminuição das desigualdades, das guerras, dos conflitos, das tragédias e da pobreza?

Podemos dizer que caminhou, mais vigorosamente, em direção a um modelo de respeito ao ser humano e ao meio ambiente?

Podemos dizer que interrompeu a marcha da insensatez, que tantas vezes parece nos encaminhar para o abismo social, para o abismo ambiental, para o abismo político e para o abismo moral?

Posso imaginar a resposta sincera que sai do coração de cada um de vocês, porque sinto a mesma perplexidade e a mesma frustração com o mundo em que vivemos.

E nós todos, sem exceção, temos uma parcela de responsabilidade nisso tudo.

Nos últimos anos, continuamos sacudidos por guerras absurdas. Continuamos destruindo o meio-ambiente. Continuamos assistindo, com compaixão hipócrita, a miséria e a morte assumirem proporções dantescas na África. Continuamos vendo, passivamente, aumentar os campos de refugiados pelo mundo afora.

E vimos, com susto e medo, mas sem que a lição tenha sido corretamente aprendida, para onde a especulação financeira pode nos levar.

Sim, porque continuam muitos dos terríveis efeitos da crise financeira internacional, e não vemos nenhum sinal, mais concreto, de que esta crise tenha servido para que repensássemos a ordem econômica mundial, seus métodos, sua pobre ética e seus processos anacrônicos.

Pergunto: quantas crises serão necessárias para mudarmos de atitude? Quantas hecatombes financeiras teremos condições de suportar até que decidamos fazer o óbvio e o mais correto?

Quantos graus de aquecimento global, quanto degelo, quanto desmatamento e desequilíbrios ecológicos serão necessários para que tomemos a firme decisão de salvar o planeta?

Meus senhores e minhas senhoras,

Vendo os efeitos pavorosos da tragédia do Haiti, também pergunto: quantos Haitis serão necessários para que deixemos de buscar remédios tardios e soluções improvisadas, ao calor do remorso?

Todos nós sabemos que a tragédia do Haiti foi causada por dois tipos de terremotos: o que sacudiu Porto Príncipe, no início deste mês, com a força de 30 bombas atômicas, e o outro, lento e silencioso, que vem corroendo suas entranhas há alguns séculos.

Para este outro terremoto, o mundo fechou os olhos e os ouvidos. Como continua de olhos e ouvidos fechados para o terremoto silencioso que destrói comunidades inteiras na África, na Ásia, na Europa Oriental e nos países mais pobres das Américas.

Será necessário que o terremoto social traga seu epicentro para as grandes metrópoles européias e norte-americanas para que possamos tomar soluções mais definitivas?

Um antigo presidente brasileiro dizia, do alto de sua aristocrática arrogância, que a questão social era uma questão de polícia.

Será que não é isso que, de forma sutil e sofisticada, muitos países ricos dizem até hoje, quando perseguem, reprimem e discriminam os imigrantes, quando insistem num jogo em que tantos perdem e só poucos ganham?

Por que não fazermos um jogo em que todos possam ganhar, mesmo que em quantidades diversas, mas que ninguém perca no essencial?

O que existe de impossível nisso? Por que não caminharmos nessa direção, de forma consciente e deliberada e não empurrados por crises, por guerras e por tragédias? Será que a humanidade só pode aprender pelo caminho do sofrimento e do rugir de forças descontroladas?

Outro mundo e outro caminho são possíveis. Basta que queiramos. E precisamos fazer isso enquanto é tempo.

Meus senhores e minhas senhoras,

Gostaria de repetir que a melhor política de desenvolvimento é o combate à pobreza. Esta também é uma das melhores receitas para a paz. E aprendemos, no ano passado, que é também um poderoso escudo contra crise.
Esta lição que o Brasil aprendeu, vale para qualquer parte do mundo, rica ou pobre.

Isso significa ampliar oportunidades, aumentar a produtividade, ampliar mercado e fortalecer a economia. Isso significa mudar as mentalidades e as relações. Isso significa criar fábricas de emprego e de cidadania.

Só fomos bem sucedidos nessas tarefas porque recuperamos o papel do Estado como indutor do desenvolvimento e não nos deixamos aprisionar em armadilhas teóricas – ou políticas – equivocadas sobre o verdadeiro papel do estado.

Nos últimos sete anos, o Brasil criou quase 12 milhões de empregos formais. Em 2009, quando a maioria dos países viu diminuir os postos de trabalhos, tivemos um saldo positivo de cerca de um milhão de novos empregos.

O Brasil foi um dos últimos países a entrar na crise e um dos primeiros a sair. Por que? Porque tínhamos reorganizado a economia com fundamentos sólidos, com base no crescimento, na estabilidade, na produtividade, num sistema financeiro saudável, no acesso ao crédito e na inclusão social.

E quando os efeitos da crise começaram a nos alcançar, reforçamos, sem titubear, os fundamentos do nosso modelo e demos ênfase à ampliação do crédito, à redução de impostos e ao estímulo do consumo.

Na crise ficou provado, mais uma vez, que são os pequenos que estão construindo a economia de gigante do Brasil.

Este talvez seja o principal motivo do sucesso do Brasil: acreditar e apoiar o povo, os mais fracos e os pequenos. Na verdade, não estamos inventando a roda. Foi com esta força motriz que Roosevelt recuperou a economia americana depois da grande crise de 1929. E foi com ela que o Brasil venceu preventivamente a última crise internacional.

Mas, nos últimos sete anos, nunca agimos de forma improvisada. A gente sabia para onde queria caminhar. Organizamos a economia sem bravatas e sem sustos, mas com um foco muito claro: crescer com estabilidade e com inclusão.

Implantamos o maior programa de transferência de renda do mundo, o Bolsa Família, que hoje beneficia mais de 12 milhões de famílias. E lançamos, ao mesmo tempo, o Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, maior conjunto de obras simultâneas nas áreas de infra-estrutura e logística da história do país, no qual já foram investidos 213 bilhões de dólares e que alcançará, no final do ano de 2010, um montante de 343 bilhões.

Volto ao ponto central: estivemos sempre atentos às politicas macro-econômicas, mas jamais nos limitamos às grandes linhas. Tivemos a obsessão de destravar a máquina da economia, sempre olhando para os mais necessitados, aumentando o poder de compra e o acesso ao crédito da maioria dos brasileiros.

Criamos, por exemplo, grandes programas de infra-estrutura social voltados exclusivamente para as camadas mais pobres. É o caso do programa Luz para Todos, que levou energia elétrica, no campo, para 12 milhões de pessoas e se mostrou um grande propulsor de bem estar e um forte ativador da economia.

Por exemplo: para levar energia elétrica a 2 milhões e 200 mil residências rurais, utilizamos 906 mil quilômetros de cabo, o suficiente para dar 21 voltas em torno do planeta Terra. Em contrapartida, estas famílias que passaram a ter energia elétrica em suas casas, compraram 1,5 milhão de televisores, 1,4 milhão de geladeiras e quantidades enormes de outros equipamentos.

As diversas linhas de microcrédito que criamos, seja para a produção, seja para o consumo, tiveram igualmente grande efeito multiplicador. E ensinaram aos capitalistas brasileiros que não existe capitalismo sem crédito.

Para que vocês tenham uma idéia, apenas com a modalidade de "crédito consignado", que tem como garantia o contracheque dos trabalhadores e aposentados, chegamos a fazer girar na economia mais 100 bilhões de reais por mês. As pessoas tomam empréstimos de 50 dólares, 80 dólares para comprar roupas, material escolar, etc, e isto ajuda ativar profundamente a economia.

Minhas senhoras e meus senhores,

Os desafios enfrentados, agora, pelo mundo são muito maiores do que os enfrentados pelo Brasil.

Com mudanças de prioridades e rearranjos de modelos, o governo brasileiro está conseguindo impor um novo ritmo de desenvolvimento ao nosso país.

O mundo, porém, necessita de mudanças mais profundas e mais complexas. E elas ficarão ainda mais difíceis quanto mais tempo deixarmos passar e quanto mais oportunidades jogarmos fora.

O encontro do clima, em Copenhague, é um exemplo disso. Ali a humanidade perdeu uma grande oportunidade de avançar, com rapidez, em defesa do meio-ambiente.

Por isso cobramos que cheguemos com o espírito desarmado, no próximo encontro, no México, e que encontremos saídas concretas para o grave problema do aquecimento global.

A crise financeira também mostrou que é preciso uma mudança profunda na ordem econômica, que privilegie a produção e não a especulação.

Um modelo, como todos sabem, onde o sistema financeiro esteja a serviço do setor produtivo e onde haja regulações claras para evitar riscos absurdos e excessivos.

Mas tudo isso são sintomas de uma crise mais profunda, e da necessidade de o mundo encontrar um novo caminho, livre dos velhos modelos e das velhas ideologias.

É hora de re-inventarmos o mundo e suas instituições. Por que ficarmos atrelados a modelos gestados em tempos e realidades tão diversas das que vivemos? O mundo tem que recuperar sua capacidade de criar e de sonhar.

Não podemos retardar soluções que apontam para uma melhor governança mundial, onde governos e nações trabalhem em favor de toda a humanidade.

Precisamos de um novo papel para os governos. E digo que, paradoxalmente, este novo papel é o mais antigo deles: é a recuperação do papel de governar.

Nós fomos eleitos para governar e temos que governar. Mas temos que governar com criatividade e justiça. E fazer isso já, antes que seja tarde.

Não sou apocalíptico, nem estou anunciando o fim do mundo. Estou lançando um brado de otimismo. E dizendo que, mais que nunca, temos nossos destinos em nossas mãos.

E toda vez que mãos humanas misturam sonho, criatividade, amor, coragem e justiça elas conseguem realizar a tarefa divina de construir um novo mundo e uma nova humanidade.

Muito obrigado."

quinta-feira, janeiro 28

Forum Social Mundial

Hoje participei de um debate no Forum Social Mundial organizado pela FALP - Rede de cidades perifericas.

Interessante a reflexao sobre o sentido de urgencia em que os gestores precisam implementar as mudancas necessarias para um povo - concordo que isto seja necessario e imprescindivel em uma gestao. Seria nao fazer amanha o que pode ser feito hoje pois ha um montao de gente carecendo de acesso a politicas publicas eficazes.

Ou reflexao, feita pela Urbanista Erminia Maricato ressaltou a Funcao Social da propriedade e a necessidade de democratizar a discussao sobre o tema para de fato garantir um territo democratico e acessivel aos diversos interesses.

Humanizacao da politica, outro assunto tratado, na realidade trata-se de humanizar o ser humano, que esta cada vez mais desumanizado no mais amplo termo da palavra.

Belo debate e um importante aprendizado.

quarta-feira, janeiro 27

Há um tempo em que é preciso abandonar as roupas usadas, que já tem a forma do nosso corpo, e esquecer os nossos caminhos, que nos levam sempre aos mesmos lugares. É o tempo da travessia: e, se não ousarmos fazê-la, teremos ficado, para sempre, à margem de nós mesmos.


Fernando Pessoa

domingo, janeiro 24




Brinca enquanto souberes!

Tudo o que é bom e belo

Se desaprende...

A vida compra e vende

A perdição,

Alheado e feliz,

Brinca no mundo da imaginação,

Que nenhum outro mundo contradiz!



Brinca instintivamente

Como um bicho!

Fura os olhos do tempo,

E à volta do seu pasmo alvar

De cabra-cega tonta,

A saltar e a correr,

Desafronta

O adulto que hás-de ser!

Miguel Torga










quinta-feira, janeiro 21

Nunca deixem de usar filtro solar!

Se eu pudesse dar uma só dica sobre o futuro,seria esta: use filtro solar.Os benefícios a longo prazo do uso de filtro solar


estão provados e comprovados pela ciência;

já o resto de meus conselhos não tem outra base confiável além de minha própria experiência errante.

Mas agora eu vou compartilhar esses conselhos com vocês.

Aproveite bem, o máximo que puder, o poder e a beleza da juventude.

Ou, então, esquece... Você nunca vai entender mesmo o poder

e a beleza da juventude até que tenham se apagado.

Mas, pode crer, daqui a vinte anos, você vai evocar as suas fotos e

perceber de um jeito - que você nem desconfia hoje em dia

quantas tantas alternativas se lhe escancaravam à sua frente,

e como você realmente tava com tudo em cima.

Você não é tão gordo(a) quanto pensa!


Não se preocupe com o futuro.

Ou então preocupe-se, se quiser, mas saiba que pré-ocupação

é tão eficaz quanto mascar chiclete

para tentar resolver uma equação de álgebra.

As encrencas de verdade de sua vida tendem a vir de coisas que nunca

passaram pela sua cabeça preocupada, e te pegam no ponto fraco às quatro

da tarde de uma terça-feira modorrenta.

Todo dia enfrente pelo menos uma coisa que te meta medo de verdade.

Cante.


Não seja leviano com o coração dos outros.

Não ature gente de coração leviano.

Use fio dental.

Não perca tempo com inveja.

Às vezes se está por cima,

às vezes por baixo.


A peleja é longa e, no fim,

é só você contra você mesmo.

Não esqueça os elogios que receber.

Esqueça as ofensas.

Se conseguir isso, me ensine.

Guarde as antigas cartas de amor.

Jogue fora os extratos bancários velhos.

Estique-se.

Não se sinta culpado por não saber o que fazer da vida.

As pessoas mais interessantes que eu conheço não sabiam,

aos vinte e dois, o que queriam fazer da vida.

Alguns dos quarentões mais interessantes que conheço ainda não sabem.

Tome bastante cálcio.

Seja cuidadoso com os joelhos.

Você vai sentir falta deles.

Talvez você case, talvez não.

Talvez tenha filhos, talvez não.

Talvez se divorcie aos quarenta, talvez dance ciranda em suas bodas de diamante.

Faça o que fizer, não se auto-congratule demais, nem seja severo demais com você.

As suas escolhas tem sempre metade das chances de dar certo.

É assim pra todo mundo.



Desfrute de seu corpo.

Use-o de toda maneira que puder. Mesmo.

Não tenha medo de seu corpo ou do que as outras pessoas possam achar dele.

É o mais incrível instrumento que você jamais vai possuir.

Dance.

Mesmo que não tenha aonde além de seu próprio quarto.

Leia as instruções, mesmo que não vá segui-las depois.

Não leia revistas de beleza. Elas só vão fazer você se achar feio.



Dedique-se a conhecer os seus pais.

É impossível prever quando eles terão ido embora, de vez.

Seja legal com seus irmãos. Eles são a melhor ponte com o seu passado

e possivelmente quem vai sempre mesmo te apoiar no futuro.

Entenda que amigos vão e vem, mas nunca abra mão de uns poucos e bons.

Esforce-se de verdade para diminuir as distâncias geográficas

e de estilos de vida, porque quanto mais velho você ficar,

mais você vai precisar das pessoas que conheceu quando jovem.



More uma vez em Nova York, mas vá embora antes de endurecer.

More uma vez no Havaí, mas se mande antes de amolecer.

Viaje.



Aceite certas verdades inescapáveis:

Os preços vão subir. Os políticos vão saracotear.

Você, também, vai envelhecer.

E quando isso acontecer, você vai fantasiar que quando era jovem,

os preços eram razoáveis, os políticos eram decentes,

e as crianças, respeitavam os mais velhos.

Respeite os mais velhos.

E não espere que ninguém segure a sua barra.

Talvez você arrume uma boa aposentadoria privada.

Talvez case com um bom partido.

Mas não esqueça que um dos dois pode de repente acabar.



Não mexa demais nos cabelos senão quando você chegar aos quarenta

vai aparentar oitenta e cinco.

Cuidado com os conselhos que comprar,

mas seja paciente com aqueles que os oferecem.

Conselho é uma forma de nostalgia.

Compartilhar conselhos é um jeito de pescar o passado do lixo, esfregá-lo,

repintar as partes feias e reciclar tudo por mais do que vale.



Mas no filtro solar, acredite!




terça-feira, janeiro 19


Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante


De uma estrela que virá numa velocidade estonteante

E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante

Indignação



SERÁ ERRADO QUERER QUE TUDO SEJA PERFEITO?

se é para fazer, que seja bem feito. Bando de gente murrinha, sem criterio e sem compromisso.

em resposta a situacao US Cruzeiro

Insonia


Tarde da noite, mais uma noite sem sono e eu aqui perdida em meus pensamentos e ate mesmo na falta de pensamentos sensatos, onde rodo e dou voltas para nao encontrar, pensar...

Hoje recebi uma linda agenda de presente, na capa uma frase que parece que foi feita na medida certa para mim, pelo menos neste exato momento - E apesar de tudo, ainda sou a mesma! Livre e esguia, filha eterna de quanta rebeldia me sagrou - Alda Lara. Daqui a alguns meses, quem dera esta agenda esteja cheia de compromissos cumpridos e de sonhos realizados, de aprendizado e de convivencia.

Ja que o ano sera de correria, que seja vivendo ele com esta agenda linda, cheia de poesias, em cada dia uma nova novidade. Belo presente.

domingo, janeiro 17

Um grande filme



Nesta semana tive uma grande experiencia, pude ter a oportunidade de assistir Avatar em 3D no cinema.


Simplesmente algo extraordinariamente espetacular. Cenas lindas, uma natureza exuberante capaz de nos deixar sem folego. Fiquei emocionada com o conceito utilizado pelo autor, em que os que viviam na floresta literalmente se conectavam com os demais animais e com as arvores, um fazia parte do outro.

Quem dera pudessemos voltar no tempo e aprender a agir assim com a natureza, fazemos parte dela, estamos de fato conectados, precisamos aprender a senti-la.

Senti vontade de fazer parte daquele mundo e uma vontade imensa de nao sair do cinema. Loucura, vale a pena assistir.

quinta-feira, janeiro 14

Mudar

Estou iniciando 2010 pensando muito no que tem por vir, no que foi 2009 e no que devo fazer para neste ano continuar trabalhando bem e tendo uma vida tranquila.

Isso implicara em mudar muita coisa, a pespectiva de como vejo a vida e tambem o fato de que poderei buscar mais profissionalismo. Fundamental na vida sera poder ser voce mesma e principalmente, ser feliz.